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Itapira, 21 de Novembro de 2024
Notícia
13/07/2014 | ‘Teste para cardíaco’ é real e pode causar problemas, advertem especialistas

  

A célebre frase imortaliza­da na voz do locutor Galvão Bueno, da TV Globo, sempre quandoum jogo da seleção brasileira se apresenta muito difícil para o torcedor - “é teste para cardíaco” - deve ser levada muito a sério, segundo quem entende do assunto. “Evidentemente que a sobrecarga de adrenalina , como tudo que é em excesso, deve ser evitada”, aponta o cardiologista Antonio Fidelis Guil, 57 anos e há pelo menos 25 trabalhando na Secretaria Municipal de Saúde.

O maior problema se­gundo ele é como evitar? “Fatos relacionados à emo­ção normalmente fogem da consciência e as pessoas acabam cometendo excessos que no caso de quem tem doença cardíaca pode levar a uma situação indesejável”, aponta. Ele disse que na Copa da Alemanha, em 2006, uma publicação científica fez um estudo com torcedores da Inglaterra para aferir as reações relacionadas ao fun­cionamento do coração e os resultados segundo Guil, foram assustadores.

O seu colega João Carlos de Oliveira entende que os riscos são mais inerentes a pessoas que têm histórico de pressão alta, colesterol elevado, triglicérides e acima de tudo com histórico de doenças cardiovasculares. “Pessoas com este perfil devem tomar cuidado maior. Se perceber que assistir a um jogo de futebol vai en­volver uma carga emocional muito acima daquilo que é razoável, melhor que saia de frente da televisão”, sugere. Ainda segundo sua análise, o excesso de adrenalina pode causar arritmia e levar a um quadro de enfarte.

Outro cardiologista dos mais famosos em Itapira e região, Mosasi Mituzaki, também segue o mesmo raciocínio. Segundo ele, um nível elevado de stress – como aquele provocado por uma decisão de pênal­tis - libera uma substância chamada catecolominas, que produz entre outras , a adrenalina, cujo efeito imediato é uma arritmia. Embora entenda que deva haver , principalmente, entre pessoas com histórico de doenças do coração bastan­te comedimento, Mosasi não repreende quem tor­ce de forma apaixonada. “Evidentemente que as pessoas devem se pautar pelo equilíbrio, mas a gente sabe que em casos como estes muitas vezes fica di­fícil se controlar. Os riscos existem, mas talvez numa proporção menor do que se ventila na maioria dos casos, caso contrário o número de óbitos seria muito mais pre­ocupante”, avaliou.

Fonte: Da Redação do PCI

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